quinta-feira, setembro 30, 2010

Abastecimento de água de bilhões está em risco, diz estudo

Cerca de 80% da população mundial vive em áreas onde o abastecimento de água potável não é assegurado, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature.

Os pesquisadores organizaram um índice com as "ameaças para a água” incluindo itens como escassez e poluição.

Cerca de 3,4 bilhões de pessoas enfrentam as piores ameaças, segundo o estudo. Os pesquisadores dizem que o hábito ocidental de conservar água para suas populações em reservatórios funciona para as pessoas, mas não para a natureza.

Eles recomendam que países em desenvolvimento não sigam o mesmo caminho, mas sim invistam em estratégias de gerenciamento hídrico que mescle infraestrutura com opções “naturais”, como bacias hidrográficas e pântanos.




Mapeamento
Os autores dizem que nas próximas décadas o panorama deve piorar, com o aumento populacional e as mudanças climáticas.

Eles combinaram dados de diferentes ameaças para a confecção do índice.

O resultado é um mapa que indica as ameaças ao fornecimento para a humanidade e para a biodiversidade.

"Olhamos para o fatos de forma fria, analisando o que acontece em relação ao abastecimento de água para as pessoas e o impacto no meio-ambiente da infraestrutura criada para garantir este fornecimento", disse o responsável pelo estudo Charles Vorosmarty, do City College de Nova York.

"O que mapeamos foi um padrão de ameaças em todo o planeta, apesar dos trilhões de dólares gastos em engenharias paliativas", completou, referindo-se a represas, canais e aquedutos usados para assegurar o abastecimento de cidades.

No mapa das ameaças ao abastecimento, boa parte da Europa e América do Norte aparecem em condições ruins.

Mas quando o impacto da infraestrura criada para distribuir e conservar a água é adicionado, as ameaças desaparecem destas regiões, com exceção da África, que parece estar rumando para a direção oposta.

"O problema é que sabemos que uma fatia enorme da população mundial não pode pagar por estes investimentos”, disse Peter McIntyre, da Universidade de Wisconsin, que também participou da pesquisa.

“Na verdade, estes investimentos beneficiam menos de um bilhão de pessoas, o que significa que excluímos a grande maioria da população mundial”, disse ele.

“Mas mesmo em países ricos, esta não é a opção mais inteligente. Poderíamos continuar a construir mais represas ou explorar mais fundo o subterrâneo, mas mesmo se tivermos dinheiro para isso, não é uma saída eficiente em termos de custo”, disse ele.


Críticas

De acordo com esta e outras pesquisas, a forma como a água é tratada no ocidente teve um impacto significativo na natureza.

Atualmente, um conceito defendido por organizações de desenvolvimento é o gerenciamento integrado da água, no qual as necessidades de todos os usuários são levadas em consideração e as particularidades naturais são integradas às soluções criadas pelo homem.

Um exemplo citado é o abastecimento de água da cidade de Nova York, feito por fontes nas montanhas de Catskill. Estas águas historicamente não precisavam de filtragem até a década de 1990, quando a poluição agricultural mudou o cenário.

A solução adotada, um programa de conservação de terras, se provou mais barata do que a alternativa de construção de unidades de tratamento.

A atual análise pode vir a ser contestada por conter elementos relativamente subjetivos, como por exemplo a forma como as diferentes ameaças são pesadas e combinadas.

Mas os pesquisadores a consideram uma base para futuros estudos e calculam que ela possa ser melhorada quando surgirem dados mais precisos, especialmente de regiões como a África.

Eles calculam que os países desenvolvidos e os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), não conseguirão investir em infraestrutura os US$ 800 bilhões que o estudo julga necessários até 2015. O panorama para países em desenvolvimento é mais sombrio.

“Este é um raio-x do mundo há cinco ou dez anos, porque fizemos o estudo com bases nestes dados”, disse McIntyre

Richard Black - Especialista de meio ambiente da BBC News
Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, setembro 29, 2010

Para Curtir... [1] - Buena Vista Social Club

Buena Vista Social Club





Gostou? 
Aqui vai mais algumas músicas


- El Carreto - Buena Vista Social Club

- Amor de Loca Juventud - Buena Vista Social Club

- El Cuarto de Tula - Buena Vista Social Club

- Hasta Siempre Commandante - Buena Vista Social Club

- Mandinga - Buena Vista Social Club


Enjoy it...

sábado, setembro 25, 2010

Energia Nuclear no Sul


Mesmo com todo o potencial de geração de energia através do sol e do vento que o Brasil tem, o país insiste em investir em uma fonte de geração que além de cara, é perigosa.

Fazendo uma pesquisa, descobri que o tema está sendo discutido aqui no estado, onde estão vendo possíveis locais para a construção de usinas nucleares de geração de energia elétrica. Abaixo tem algumas notícias que encontrei pela internet sobre a questão.






Zero Hora
Energia Nuclear no Estado?
Ana Maria Xavier*, Artigos Zero Hora

O emprego de energia nuclear em medicina já está consolidado no Rio Grande do Sul e vem possibilitando o diagnóstico precoce de diversas doenças do coração, rim, fígado, pulmão e tireoide, entre outras, bem como o diagnóstico e tratamento de diversos tipos de câncer. Só em Porto Alegre, existem 11 clínicas de medicina nuclear e sete unidades de radioterapia operando rotineiramente. A medicina nuclear e a radioterapia estão também disponíveis em diversas cidades, como Caxias do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Erechim, Ijuí e Bagé, entre outras.

Recentemente, em função da quebra do monopólio da União que impedia a fabricação de fontes radioativas pela iniciativa privada, entrou em operação, em Porto Alegre, uma instalação para produção, fracionamento e distribuição de radiofármacos de meia-vida muito curta e que, por essa razão, precisam estar disponíveis a pequenas distâncias das clínicas onde serão utilizados.

As aplicações de materiais radioativos em laboratórios de pesquisa, em instalações industriais que empregam medidores nucleares de nível, densidade e espessura e em metalúrgicas, siderúrgicas e petroquímicas onde são realizados controle de qualidade de soldas e de materiais, por meio de técnicas de radiografia industrial, são práticas bastante difundidas. A irradiação de alimentos, para eliminação de micro-organismos presentes em produtos agrícolas e consequente aumento de seu tempo de prateleira, é uma aplicação da energia nuclear que vem ganhando espaço e que contribui para minimizar o desperdício de alimentos e para o combate à fome no mundo.

Surgem, então, as perguntas que não querem calar: o povo gaúcho seria contra a geração de energia nucleoelétrica no Estado? Mesmo sabendo que é uma energia limpa, que não contribui para o efeito estufa e para a chuva ácida? As universidades estariam dispostas a formar engenheiros, geólogos, físicos, biólogos, farmacêuticos etc. para atuar no setor nuclear?

Claro, o medo da energia nuclear, sempre associada à bomba atômica, permeia o imaginário coletivo. No entanto, como reatores nucleares não são capazes de explodir como uma bomba atômica e tendo em vista que a tecnologia de segurança de reatores ocidentais está sendo cada vez mais aprimorada, com projetos muitíssimo mais seguros que o de Chernobyl, não seria o caso de se começar a pensar nessa fonte de energia para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul?

*Engenheira química, pesquisadora titular da Comissão Nacional de Energia Nuclear

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/passofundo/2010/08/15/energia-nuclear-no-estado/


Jornal do Comércio
Governo abre espaço para discutir leilões regionais
Evento na Capital vai debater perspectivas da energia nuclear Jefferson Klein

A perspectiva de que a região Sul do Brasil, principalmente o Rio Grande do Sul, enfrente dificuldades quanto ao fornecimento de energia entre 2013 e 2015 faz com que o Ministério de Minas e Energia avalie a possibilidade de implementar leilões regionais de energia. Conforme o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, na semana passada foi realizada, em Brasília, uma reunião com o ministro Márcio Zimmermann para discutir o assunto e ele se demonstrou "sensibilizado" quanto à questão.

Andrade revela que Zimmermann solicitou para a área de planejamento do ministério e para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) uma revisão do plano energético do Estado. O secretário destaca que a definição dos leilões regionais depende apenas de uma decisão política. Esses certames, atualmente, não fazem discriminação da localização dos empreendimentos, apenas da natureza da fonte de geração (eólica, térmica, hídrica). Saem vencedores dessa disputa, e por consequência do papel, os projetos que apresentam os menores preços de comercialização.

Andrade, que também é presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia, é um dos defensores da descentralização do planejamento energético brasileiro e do aproveitamento das vocações naturais de geração de cada região do País.

No caso do Rio Grande do Sul, ele cita como exemplo a disponibilidade das maiores reservas de carvão do Brasil. O dirigente adianta que uma nova reunião com a EPE e o setor de planejamento do ministério deverá ser feita para abordar a regionalização.

Antes disso, nesta quinta-feira, será realizado no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, o encontro do Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia. Um dos assuntos que serão tratados, informa Andrade, será a discussão sobre as perspectivas da energia nuclear, que será abordada pelo diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva. O secretário lembra que há "rumores" quanto a estudos a serem elaborados na região Sul para o aproveitamento dessa fonte de energia. Já o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, palestrará sobre os requisitos energéticos regionais para atendimento das demandas da Copa de 2014.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=40104


Itamaraty - Ministério das Relações Exteriores
Usina nuclear no RS? 12/08/2010

É ainda inicial, mas já um sinal. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Eletronuclear assinaram acordo para estudos preliminares de seleção de novos locais, inclusive no Estado, para instalar usinas nucleares de geração de energia elétrica.

O trabalho, que complementará um estudo da Eletronuclear só com o Nordeste, vai abranger Sul, Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste.

O Rio Grande do Sul será um dos pesquisados, juntamente com outros oito Estados. Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, justificou a procura por novas fontes energéticas pelo fato de o potencial hidrelétrico brasileiro começar a se esgotar em cerca de 20 anos.

Na opinião dele, isso tornaria a energia nuclear uma boa opção para ampliar o parque de geração do Brasil, ao lado de outras fontes alternativas como a eólica e biomassa.

De acordo com os planos feitos pela União, além de Angra 3 (foto) – cuja construção foi retomada em 2009 –, há necessidade de mais quatro usinas até 2030, com potência instalada de 1 mil megawatts cada uma.

Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noticias/midias-nacionais/brasil/zero-hora/2010/08/12/usina-nuclear-no-rs


Eletronuclear - Eletrobras

EPE e Eletrobras Eletronuclear vão estudar áreas que poderão receber novas usinas nucleares

A Empresa de Pesquisa Energética – EPE e a Eletrobras Eletronuclear assinaram nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de estudos preliminares de seleção de sítios para a instalação de usinas nucleares de geração de energia elétrica. O trabalho complementará um primeiro estudo de seleção de áreas feito pela Eletrobras Eletronuclear, exclusivamente na região Nordeste.

Os levantamentos estarão centrados em áreas que poderão receber as novas usinas nucleares nas regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste. Os estados pesquisados serão Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. Outras unidades da federação poderão ser abarcadas no estudo, mediante aditivo contratual.

A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica contou com as presenças dos presidentes da EPE, Mauricio Tolmasquim; e da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva. Participaram ainda da cerimônia de assinatura o diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE, Amilcar Guerreiro; e os diretores da Eletrobras Eletronuclear: Luiz Soares (Técnico), Persio Jordani (Planejamento, Gestão e Meio Ambiente) e Edno Negrini (Administração e Finanças).

Segundo Mauricio Tolmasquim, a parceria com a Eletrobras Eletronuclear será muito importante para a execução dos estudos de planejamento da EPE relacionados à expansão da geração nuclear no país. “Devido à expertise no que se refere às questões ligadas à energia nuclear, a Eletrobras Eletronuclear muito auxiliará a elaboração dos estudos de planejamento energético da EPE”, disse ele. Já Othon Luiz ressaltou a importância do planejamento de longo prazo, requisito para a construção de usinas, estar diretamente ligado ao planejamento do país.

Os estudos utilizarão preferencialmente bases de dados públicas de fácil obtenção, entre as quais as do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE , da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, da Agência Nacional de Águas – ANA, entre outras. Como complementação dos dados básicos, serão adquiridas pela EPE imagens detalhadas dos sítios a serem escolhidos.

Caberão à EPE e à Eletrobras Eletronuclear compartilhar informações e dados que sejam do interesse dos estudos, além de identificar e selecionar métodos, critérios e modelos aplicáveis à pesquisa. O valor total do Acordo é de pouco mais de R$ 3,3 milhões, sendo que a participação estimada da EPE na execução dos trabalhos é de até R$ 1,280 milhão. O prazo de vigência do Acordo é de 24 meses, podendo ser prorrogado.

A necessidade de expansão do parque de geração nuclear brasileiro nas próximas décadas foi apontada em 2007 no Plano Nacional de Energia – PNE 2030, estudo de longo prazo do Governo Federal para a área energética elaborado pela EPE. Além de Angra 3 – cuja construção foi retomada no final do ano passado – identificou-se a necessidade de mais quatro usinas até 2030, com potência instalada de 1.000 MW cada.

Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/noticias/integra.php?id_noticia=932



quinta-feira, setembro 09, 2010

Nuclear power is too risky


Palo Alto, California (CNN) -- If our nation wants to reduce global warming, air pollution and energy instability, we should invest only in the best energy options. Nuclear energy isn't one of them.

Every dollar spent on nuclear is one less dollar spent on clean renewable energy and one more dollar spent on making the world a comparatively dirtier and a more dangerous place, because nuclear power and nuclear weapons go hand in hand.

In the November issue of Scientific American, my colleague Mark DeLucchi of the University of California-Davis and I laid out a plan to power the world with nothing but wind, water and sun. After considering the best available technologies, we decided that a combination of wind, concentrated solar, geothermal, photovoltaics, tidal, wave and hydroelectric energy could more than meet all the planet's energy needs, particularly if all the world's vehicles could be run on electric batteries and hydrogen fuel cells.

We rejected nuclear for several reasons. First, it's not carbon-free, no matter what the advocates tell you. Vast amounts of fossil fuels must be burned to mine, transport and enrich uranium and to build the nuclear plant. And all that dirty power will be released during the 10 to 19 years that it takes to plan and build a nuclear plant. (A wind farm typically takes two to five years.)

The on-the-ground footprint of nuclear power, through its plants and uranium mines, is about 1,000 times larger than it is for wind. Wind turbines are merely poles in the ground -- with lots of space between them that can be farmed, ranched or left open -- or poles in the ocean. Geothermal energy also has a much smaller footprint than nuclear; solar only slightly more. But while geothermal, solar and wind are safe, nuclear is not.

For nuclear to meet all the world's energy needs today -- 12.5 terawatts (1 terawatt = 1 trillion watts) -- more than 17,000 nuclear plants would be needed. Even if nuclear were only 5 percent of the solution, most countries would have nuclear plants.

What's worse, the nuclear industry wants to reprocess waste to obtain more energy from increasingly scarce uranium. But this only produces more weapons-grade uranium and plutonium.

A global push toward nuclear energy would mean that uranium enrichment -- and efforts at nuclear weapons development -- would certainly grow throughout the world..

Nuclear proponents argue that not enough clean renewables exist to power the world. However, part of our work at Stanford University has been to map world renewable energy resources. Enough wind and solar exist in high-wind and sunny locations over land to power the world for all purposes multiple times over. There is no shortage.

Nuclear proponents also argue that nuclear energy production is constant, unlike fickle winds and sunshine. But worldwide, nuclear plants are down 15 percent of the time, and when a plant goes down, so does a large fraction of the grid. Connecting wind farms over large areas through transmission lines smoothes power supply. Combining geothermal with wind (whose power potential often peaks at night) and solar (which peaks by day), and using hydroelectricity to fill in gaps, would almost always match demand.

Converting to electric vehicles and using smart charging practices would also help to match supply with demand. So would storing energy (with concentrated solar) and giving people incentives to reduce demand. It is not rocket science to match power demand. It merely requires thinking out of the box.

Finally, the costs of land-based wind, geothermal and hydroelectricity are competitive with conventional new sources of electricity; costs of solar and wind over the ocean are higher but declining. Costs of nuclear have historically been underestimated.

In sum, if we invest in nuclear versus true renewables, you can bet that the glaciers and polar ice caps will keep melting while we wait, and wait, for the nuclear age to arrive. We will also guarantee a riskier future for us all.

There is no need for nuclear. The world can be powered by wind, water and sun alone.


The opinions expressed in this commentary are solely those of Mark Z. Jacobson.

Mark Z. Jacobson is director of the Atmosphere/Energy Program and professor of civil and environmental engineering at Stanford University.

Fonte: CNN

domingo, setembro 05, 2010

Voto Nulo, Será Que Resolve?

O dia da eleição se aproxima, e chega mais uma vez a hora de elegermos nossos representantes, "os tomadores de decisões", as pessoas que representaram o interesse do povo. Mas será que sabemos exatamente o que queremos para o futuro? Será conhecemos as propostas dos candidatos?

Particularmente, apesar de achar extremamente necessária e importante, não gosto muito de falar sobre política, e acredito que muita gente também não, assim como futebol e religião, política é um tema que sempre rende uma discussão e várias opiniões.

Mas mesmo assim nosso dever como cidadão é tão importante quanto o próprio político, afinal de contas, ele não chega lá sozinho e sim através do nosso voto. Apesar desse papel fundamental que temos, não damos a atenção que o assunto merece.

Virou quase que rotina observarmos escândalos políticos nos jornais, são tantos que mesmo que fôssemos citar apenas os que aconteceram esse ano, a lista seria bem grande. Corrupção, mensalão, desvio de verbas públicas, ouvimos bastante essas palavras. E o que fazemos? Não é difícil ver e ouvir manifestações a favor do voto nulo, como uma forma de protesto a tudo que acontece. Mas será mesmo essa a solução? Acho que não! Talvez seja a mais fácil, afinal de contas, para votar nulo não precisa conhecer os candidatos, as propostas, não precisa buscar informações a respeito de nada. Então, para que exigimos ter tantos direitos se mal sabemos usar o os que temos. Para muitas pessoas, essa parece ser uma forma de protestar e cobrar mudanças no sistema político, mas se estamos anulando nosso voto, estamos anulando também nosso direito de cobrar. Como podemos exigir melhorias e mudanças se na hora onde temos a essa chance resolvemos votar em "nada". Nada piora, nada melhora, nada “nada!”

Já li em alguns sites que falavam a respeito desse tema do voto nulo, diziam que entre 20 candidatos corruptos, havia um honesto e bom, que valia a pena votar, mas mesmo assim, afirmavam que votar em "nada" era melhor, pois mesmos se esse candidato fosse eleito, ele em algum momento seria corrompido pelos outros políticos ruins que estariam trabalhando junto.

Então repito, como vamos cobrar melhorias e mudanças se votamos em nada e não damos a chance de bons políticos assumirem cargos e mostrarem seu trabalho? Por que temos que ter uma idéia pessimista que todos eles se tornarão corruptos? Divulgar uma campanha incentivando a população a anular o voto é a mesma coisa que pedir para fazerem nada. Muitas dessas pessoas acabam fazendo isso por seguir essa "onda", na verdade, sem entender muito bem o que isso significa.

A solução para esse problema é mais simples do que parece. Como eleitores, devemos buscar informações sobre os candidatos, saber quais suas propostas de médio e longo prazo, quais as preocupações desse candidato com temas que julgamos importantes, o que é prometido, em resumo, pesquisar, e muito, para quem nosso voto vai e eleger quem realmente merece. Meios e ferramentas pra buscarmos essas informações tem de sobra! Vamos fazer valer a pena nosso voto.

Mas nossa responsabilidade também não termina junto com as eleições, precisamos ficar atento as decisões que são tomadas e ao que acontece no país e se algo vai mal, devemos cobrar dos políticos, enviando e-mails, telefonando, fazendo mobilização, cobrando nas ruas, etc. Mas fazer realmente algo.

Independente se nosso candidato se elegeu ou não, temos o direito de cobrar do outro, afinal, participamos do processo dando nosso voto. Mas será que quem vota em nada tem esse mesmo direito? Será que não é algo contraditório? Sim, pois se não exercemos nossos deveres não podemos exigir nossos direitos.

O tema realmente é polêmico e provavelmente muitos discordem disso que falei, mas pra mim, votar nulo é ficar em silêncio!

Por Adriano Augusto

sábado, setembro 04, 2010

A Floresta Amazônica e as Mudanças Climáticas

A IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, oferece gratuitamente o curso online "A Floresta Amazônica e as Mudanças Climáticas."

O Curso é básico em bem rápido, podendo ser completado em 2 horas. São 5 partes com áudio, imagens, vídeos, fotos e gráficos. Para se inscrever, basta acessar o site http://www.ipam.org.br/curso e preencher o cadastro.

Cursos gratuitos e iniciativas como essas devem ser divulgadas o máximo possível para que o maior número de pessoas, fique ciente dos problemas ambientas que enfrentamos globalmente.

Apesar da simplicidade do curso, é uma boa ferramenta para se começar a ver a relação entre as Mudanças Climáticas e a Floresta Amazônica, talvez para quem já saiba do assunto, o curso possa ser considerado bem simples, mas para a maioria das pessoas, pode servir como um insentivo a buscar cada vez mais informações sobre estas questões.

Vale a pena conferir e fazer o curso, e claro, divulga-lo também.



Incêndio em plataforma levanta novamente questionamentos sobre a segurança petrolífera


Uma plataforma petrolífera pegou fogo, na quinta-feira (2), no Golfo do México, criando o temor de uma nova catástrofe ecológica na costa da Louisiana. Os treze membros da tripulação tiveram de saltar no mar antes de serem socorridos pela guarda costeira americana. Nenhum deles teve ferimentos graves.

As causas do incidente não foram estabelecidas de imediato. Ele ocorreu a 200 quilômetros a oeste do local do naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, cuja explosão, no dia 20 de abril, desencadeou uma maré negra que teve de ser contida durante 86 dias.

Sistema de segurança ativado

Desta vez, algumas horas bastaram para extinguir o incêndio. As primeiras informações relataram uma película de hidrocarbonetos de 1.500 metros de extensão na superfície da água, mas no final a guarda costeira afirmou não ter detectado nenhum vestígio de poluição.

A plataforma Vermilion 380, que produzia 1.400 barris por dia, pertence à Mariner Energy, uma companhia independente, ex-filial da Enron. Patrick Cassidy, diretor de relações com os investidores, se mostrou tranquilizador: “Não houve nem explosão, nem maré negra, nem feridos”, ressaltou.

Ao contrário do que aconteceu na plataforma da BP Deepwater Horizon, o sistema de segurança, que permite fechar os poços de petróleo e de gás, pôde ser ativado pelos funcionários. Operando em águas pouco profundas, a plataforma não era afetada pela moratória sobre as perfurações em alto-mar, decidida por Barack Obama após o naufrágio da Deepwater Horizon.

O incidente trouxe novamente à tona os questionamentos sobre a segurança da exploração offshore. O representante democrata Henry Waxman, que preside a comissão da Energia e do Comércio, pediu que um relatório fosse entregue antes de 10 de setembro.

A ironia é que, na véspera do incêndio, a Mariner Energy havia protestado, junto com outras companhias petroleiras, contra as novas regulamentações impostas à indústria desde a maré negra da BP. O lobby das petroleiras, o American Petroleum Institute, convocou manifestações em todo o país, na próxima semana, para fazer pressão sobre a Casa Branca, antes da expiração, no dia 30 de novembro, da moratória sobre as perfurações. A dois meses das eleições de meio de mandato, e com uma taxa de desemprego que beira os 10%, a administração Obama pensa em voltar atrás em uma medida amplamente impopular nos Estados do Sul.

Fonte
Le Monde